Conheça meu livro que conta a história de Ourém do Pará:

http://www.overmundo.com.br/banco/oureana-de-alem-mar-ourem-terra-de-moura

segunda-feira, 18 de abril de 2011

ANEDOTAS GUAMAUARAS

O QUE CAI NÃO PRESTA

Joaquim “Arigó”, um pequeno comerciante de Ourém, recebeu um cliente que queria comprar um isqueiro. Seu Joaquim mostrou uma cartela de isqueiros de fabricação duvidosa, ocasião em que o freguês exclamou: “Seu Joaquim! Esse isqueiro não pode cair. Se cair não presta mais”. Então seu Joaquim retruca: “ vendo isqueiro pra acender fogão, cigarro vela e etc..., cabe a você não deixá-lo cair. Faça o seguinte: suba no alto daquela casa e caia lá de cima pra ver se você ainda presta?!?!”

MOTO SELADA, CARRO IMPORTADO

Seu Joaquim também disse que tem um carro importado e uma moto selada. Perguntado onde estavam esses veículos ele disse: “Não ando na minha mobylette sem cela e graças a Deus meu fusca está com suas duas portas...”

FRANGO POR CAFÉ

Augusto do Hilário tem uma lanchonete no terminal rodoviário de Ourém, especializada em atender clientes que estão em trânsito, ou que estão aguardando suas conduções lá. Diariamente ele inicia sua jornada as quatro horas da madrugada, antes do primeiro ônibus que vai a Belém. Madrugada dessas, teve uma intensa venda e já no amanhecer do dia, um carro-gaiola que carrega frango vivo encosta na rodoviário, e seu condutor desce e se dirigindo para o balcão da lanchonete, pede: “Um café, por favor!” Augusto responde: “Não temos. Acabou”. O cara chateado, começa a esculhambar: “Não acredito! Uma lanchonete de rodoviária, seis e meia da manhã não tem café. Só em Ourém mesmo. Uma vergonha”. E Augusto olhando para o carro de frangos, diz então pro rapaz: “Ei cara! Me vende um frango aí?” A resposta: “não tem mais.” E Augusto do Hilário complementa: “Quer dizer que teu frango pode acabar e meu café, não? Vai te catar, cara...”

sábado, 16 de abril de 2011

CONTOS DE OURÉM




O MILAGRE DO DIVINO

Contam os mais antigos que a coroa Divino Espírito Santo, quando a festa era forte na freguesia no século XIX, saía de canoa em caravana rio acima e rio abaixo para esmolar o mais longe possível. Teria a caravana de Ourém encontrado uma caravana de Cametá, na localidade ribeirinha do baixo Guamá denominada na época Arioré. Após saudações, cantaram ladainhas em latim e para celebrar o encontro idealizaram fazer momentaneamente uma troca de coroas nas embarcações. No momento da passagem, a coroa de Ourém, toda em ouro e prata, cai e afunda nas águas. A tristeza abateu a todos. Tiveram então a idéia de tocar caixas e cantando unidas as duas tripulações, e após cerca de trinta minutos, a coroa boiou e voltou à caravana de Ourém para alegria de todos.

AS TRÊS ÁRVORES DO CEMITÉRIO

Em 10/07/1912, na rua hoje denominada coronel Souza em local próximo onde está a loja “Ourém Modas”, o turco Abrahão Daniz, que era deficiente físico, foi trucidado a golpes de machado, punhal e navalha pelos indivíduos de nomes Januário, Pedro e Manoel. Seu corpo fora encontrado graças aos alardes de seu cão fiel e os assassinos esconderam suas vestes ensangüentadas no fundo do rio Guamá. A polícia prendeu os assassinos e os processou conforme a manda lei. No túmulo do turco no cemitério de Ourém, nasceram três árvores delgadas de pequeno porte. Uma delas morreu quando morreu o primeiro assassino. Da mesma forma morreu a segunda, quando morreu o segundo algoz e até os anos 1970 a terceira árvore resistia, acreditando-se que o terceiro ainda vivia em lugar incerto, possivelmente em São Miguel do Guamá. Nos anos 1980 deu-se falta da terceira árvore, presumindo-se também a morte do terceiro matador.

ATENTADO AO GOVERNADOR BARATA

Corriam os anos 1950, e o governador Manoel Joaquim de Magalhães Barata, um governador peregrino que circulava nas ruas de Ourém em seu automóvel oficial, saudando o povo. Teria sido ele alvo de um atentado por um cidadão de Ourém, chamado Zé Pinto, na travessa Lauro Sodré, entre o prédio da Cooperativa agrícola e residência dos padres. Sua segurança que tinha entre eles o famoso Lavareda e o oficial Seabra, teria reagido com rajadas de metralhadora e atingido o suposto atirador na região glútea. Os relatos são divergentes e alguns dizem que Zé Pinto não usou arma de fogo e sim fogos de artifício. O certo é que Barata nunca foi Kennedy e muito menos Zé Pinto chegou perto de ser um Lee Oswald.