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sábado, 16 de abril de 2011

CONTOS DE OURÉM




O MILAGRE DO DIVINO

Contam os mais antigos que a coroa Divino Espírito Santo, quando a festa era forte na freguesia no século XIX, saía de canoa em caravana rio acima e rio abaixo para esmolar o mais longe possível. Teria a caravana de Ourém encontrado uma caravana de Cametá, na localidade ribeirinha do baixo Guamá denominada na época Arioré. Após saudações, cantaram ladainhas em latim e para celebrar o encontro idealizaram fazer momentaneamente uma troca de coroas nas embarcações. No momento da passagem, a coroa de Ourém, toda em ouro e prata, cai e afunda nas águas. A tristeza abateu a todos. Tiveram então a idéia de tocar caixas e cantando unidas as duas tripulações, e após cerca de trinta minutos, a coroa boiou e voltou à caravana de Ourém para alegria de todos.

AS TRÊS ÁRVORES DO CEMITÉRIO

Em 10/07/1912, na rua hoje denominada coronel Souza em local próximo onde está a loja “Ourém Modas”, o turco Abrahão Daniz, que era deficiente físico, foi trucidado a golpes de machado, punhal e navalha pelos indivíduos de nomes Januário, Pedro e Manoel. Seu corpo fora encontrado graças aos alardes de seu cão fiel e os assassinos esconderam suas vestes ensangüentadas no fundo do rio Guamá. A polícia prendeu os assassinos e os processou conforme a manda lei. No túmulo do turco no cemitério de Ourém, nasceram três árvores delgadas de pequeno porte. Uma delas morreu quando morreu o primeiro assassino. Da mesma forma morreu a segunda, quando morreu o segundo algoz e até os anos 1970 a terceira árvore resistia, acreditando-se que o terceiro ainda vivia em lugar incerto, possivelmente em São Miguel do Guamá. Nos anos 1980 deu-se falta da terceira árvore, presumindo-se também a morte do terceiro matador.

ATENTADO AO GOVERNADOR BARATA

Corriam os anos 1950, e o governador Manoel Joaquim de Magalhães Barata, um governador peregrino que circulava nas ruas de Ourém em seu automóvel oficial, saudando o povo. Teria sido ele alvo de um atentado por um cidadão de Ourém, chamado Zé Pinto, na travessa Lauro Sodré, entre o prédio da Cooperativa agrícola e residência dos padres. Sua segurança que tinha entre eles o famoso Lavareda e o oficial Seabra, teria reagido com rajadas de metralhadora e atingido o suposto atirador na região glútea. Os relatos são divergentes e alguns dizem que Zé Pinto não usou arma de fogo e sim fogos de artifício. O certo é que Barata nunca foi Kennedy e muito menos Zé Pinto chegou perto de ser um Lee Oswald.

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